Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós foi suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibraram, para lavar meu pecado sangue e água jorraram. Ó Árvore, a mais bela, de rubra púrpura ornada, de os santos membros tocar digna, só tu foste achada. Ó Cruz feliz, dos teus braços do mundo o preço pendeu: balança foste do corpo que ao duro inferno venceu. Ó salve, altar, salve vítima, eis que a vitória reluz: a vida em ti fere a morte, morte que à vida conduz. Ó salve, cruz esperança, concede aos réus remissão: dá-nos o fruto da graça, que floresceu na Paixão. Louvor a vós, ó Trindade, fonte de todo perdão, aos que na Cruz foram salvos, dai a celeste mansão.