Celebramos o terceiro domingo do Advento que é conhecido na história da Igreja, em conformidade com a antífona de entrada de hoje: o domingo chamado GAUDETE, ou seja, o domingo alegre, pois vai crescendo em nós alegria e ansiedade geradas pela certeza da proximidade de Deus. É tempo privilegiado, é preparação de festa, alegria profunda e discreta, e consciente. Ao acendermos a terceira vela na coroa do Advento, a luz fica mais forte, iluminando a todos nós, simboliza a proximidade do Natal, a chegada da luz do Salvador, Jesus! A paciência para este domingo não é resignação. É fruto do amor, vontade de descobrir o outro e tudo fazer para ajudá-lo a libertar-se de tudo o que o aliena, principalmente da maldade para com o próximo ou a cegueira pelo dinheiro. - Como posso esperar o meu Salvador e abalar a Fé que existe em meu coração? Ela é removível? O entendimento exige tempo e oração. A paciência que Tiago reclama de seus irmãos na segunda leitura, os pobres, não consiste em medir os ricos com a medida do tempo que o amor leva para amar. Possa ao menos o amor ter o tempo de amar antes que a fatalidade autodestruidora, na qual se entrelaçam os poderosos e os ricos, faça o seu trabalho. O cristão deve ser um homem essencialmente alegre. Mas a sua alegria não é uma alegria qualquer, é a alegria de Cristo, que traz a justiça e a paz, e que só Ele pode dar e conservar, porque o mundo não possui o seu segredo. Fujamos da tristeza! Uma alma triste está à mercê de muitas tentações. Quantos pecados são cometidos à sombra da tristeza! Por outro lado, quando a alma está alegre, abre-se e é estímulo para os outros, quando está triste obscurece o ambiente e faz mal aos que estão à sua volta. “Dentro de pouco, de muito pouco, Aquele que vem chegará e não tardará” (Hb 10,37), e com Ele chegarão a paz e a alegria! Então veremos que é em Jesus que se encontra o sentido da nossa vida. Que a nossa alegria seja um testemunho muito forte de que Cristo já está no meio de nós.